quinta-feira, 31 de julho de 2008

Somente um café

Talvez não com medo, mas estupor. Algumas notícias são recebidas assim. A morte de uma pessoa que tinha os bilhetes do cinema do bolso, o fogo que até então não existia, as palavras que naquele momento ainda não representavam grande coisa. Qualquer informação que nos torne minoria causa isso: estupor.

Sou verdadeiramente apaixonado por pessoas. Meu maior prazer é conhecer e falar com elas. Se é sobre o tempo, se é cutucar quanto a falta de uma aliança, se é perguntar o motivo daquele sorriso malicioso, não importa. Mas admito que muitas vezes coloco em dúvida a tal da inteligência humana.

Coloco em dúvida a minha própria inteligência, vez em quando. Quando a falta desta tal inteligência humana se apresenta, tenho medo. Fico rendido apenas à emoção. Pior! Aos monstros dos nossos armários. Mas não sou apenas eu. Somos todos assim, por mais que não notemos.

Cazuza dizia que os ignorantes são mais felizes. Não falava dos ignorantes em educação, mas os que simplesmente ignoram algumas informações. Debati, tantas vezes, este assunto com amigos. Nunca gerou a polêmica desejada, mas nos levou a conclusões burras. Burras por serem unânimes.

2 comentários:

Carla Arend disse...

eu concordo, com o pescoço esticado, que ignorantes em não saber são mais felizes.

e também adoro as pessoas. minha ambição é aprender a odiar. rs.

ótimo blog!

Páprica com Mel disse...

Pq será q ele não escreveu mais? Estupor? Ou será que ele anda muito ocupado? Faltou um tema interessante?

Que tal: o que acontece quando as paredes param de se encontrar?