terça-feira, 15 de julho de 2008

Sambar com um bolero

Ontem fiquei surpreso com o novo som do Alexandre Pires tocando nas principais rádios de São Paulo. É aquele pagode de cinco ou seis anos atrás, que hoje toca em poucos bares e nos mata de saudade. Também ouvi uma sonora com a chamada do show em que o Katinguelê vai gravar seu DVD. Lembrei, então, que o Exaltasamba está na televisão pela Som Livre, se não me engano. Que bom.

Pagode assim, que nos faz dançar sentado na mesa e que não nos agregam em nada fora aqueles três minutos bons, faziam falta a mim. No meu circulo de amigos, já não tenho companhia para bares de pagode. Minto. Bel me apresentou uma garota que adora o som e combinou comigo um desses. Isso é bom, depois de ter ouvido de amigos que tenho cultura suficiente para deixar de gostar deste tipo de som.

Pouca cultura não é coisa de quem escuta e curte pagode de qualidade duvidosa. Pouca cultura é não ser eclético o suficiente para encontrar o bom em tudo que temos para viver. Pouca cultura é tentar separar o joio do trigo, mesmo sabendo que muitas vezes isso é burro. Pouca cultura é se oferecer uma chance a menos de ser feliz, justamente por pensar que tem muita cultura. Cultura, neste caso, é sambar com um bolero.

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