terça-feira, 19 de agosto de 2008

Um pouco mais de todo mundo

Sou privilegiado e nunca neguei isso. Como outros tantos, percebo diariamente o quanto sou amado e o quanto sou querido. Melhor é saber que estes tantos que me querem recebem o sentimento de volta. De volta? Não. Recebem algo único, renovado. Falo não só da minha família, namorada ou amigos, mas também das pessoas comuns do cotidiano. O manobrista do estacionamento, os garçons dos bares de sempre e os colegas de trabalho.

A diferença que noto entre amigos e eu, é que tenho consciência do privilégio em ser querido. Querido e amado, na verdade, todos o são. Entender que o é e aceitar e viver esta situação com graça que é para poucos. A verdade é que é difícil amar, e ainda mais complicado se entender amado. Nos dois casos, somos levados a ceder, a relevar e a assumir. Noto que, quando respondo positivamente a uma atenção, quando me coloco a disposição, ainda causo certa surpresa.

Nos estacionamentos, meu carro sempre é o primeiro a chegar. Nos bares, minha mesa normalmente é a de melhor atendimento. Meus amigos nunca negaram atenção ou um longo bate-papo. Percebo que, ao oferecer atenção a todos, todos voltam sua atenção a mim. Ao ser simpático, recebo simpatia em dobro. Mais bacana que isso, descobri que ao amar aos outros, eles perdem o medo de também amar. Amar, simplesmente, no sentido de ser um pouco mais eles.

Um comentário:

Fabio Allves disse...

Também te amamos Johnny!

Beijos

Fabião