quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Um post supérfluo

Comecei com cigarrilhas, depois passei aos charutos. De princípio, uma vez na vida outra na outra vida. Hoje confesso certa regularidade. Charuto, para muitos, é algo sedutor. Para mim é um ritual romântico. É abrir, furar com cuidado, acender com uma palha (quando tenho a palha) e cuidar para que o tempo passe de forma lenta.

Amigos não tão próximos dizem que fumo por charme. Talvez tenha até vivido esta fase, mas certamente já passou. Costumo fumar só. Entro na Ranieri, pego um Dona Flor, fecho a porta do carro e saio por ai. Sou contra fumar em casa. O romantismo típico do charuto desaparece quando em casa. Gosto de fumar em cafés. Harmonizando com a namorada na praia, um Dona Flor fico delicioso.

Charuto, por si, pede respeito, pede cuidado. Não se fuma na balada, não se fuma em locais que possa incomodar aos demais. Se fumo para ter prazer, não posso tirar o prazer dos outros. Então, opto por também fumar em tabacarias. Lá, asseguro que o prazer do charuto é dobrado. Estou na sua casa, ao lado de pessoas que o respeitam da forma que ele merece.

Um post sobre charuto pode parecer demais supérfluo. Não para mim. Mais que um prazer ou um estilo (como pensam alguns), é uma forma de encarar o dia a dia. O charuto, duas vezes por semana, serve como um companheiro fiel. No fim do dia, seja com a namorada, sozinho ou com amigos, ele estará lá. Com seu furador, sua palha, seu cortador e todo seu carisma.

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